quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Cenário alternativo.

Duvido que muita gente não esteja cansada de antigas formulas requentadas, chupadas e copiadas de antigos títulos e gêneros sem a adição de nenhuma novidade ou elementos inteligente. É bem raro e as vezes problemáticos pra uma empresa aparecer com algo novo, ou então reviver aquela jogabilidade velha de forma interessante, mas é tudo que nos queremos.

Pra desenvolvedoras requentar pode significar existir para requentar ou/e no futuro inovar. Afinal uma franquia já lucrativa tem mais chancer de vender bem mesmo inovando pouco ou nada, por isso vemos tantas continuações. Os custos de produção estão nas alturas, grande parte disso devido às novas tecnologias, dificuldade programação, licenciamentos, distribuição, equipes gigantescas necessárias para a produção de jogos milionários que seguem a lógica de mercado que diz que mais é melhor, mais poder, melhores gráficos, som com efeito 4d com direito a viagem no tempo e zumbidinho no ouvido. Por isso reciclar engines, franquias, sons, texturas e tudo mais que se possa reutilizar está tão na moda.

Pois é, todas essas tecnologias que amamos e adoramos tem seus efeitos colaterais que em muito prejudicam a nós mesmos, acabamos pagando mais por mais, mas que na realidade também pode ser menos – ahn? O exemplo mais extremo ainda é o caso do Ps3, que é caro... muito caro, tem uma tecnologia incrível, faz o caralho a quatro e mais um pouco, mas vem se mostrando um pouco fraco em jogos na atual geração.

Mas existem alternativas, não me refiro a um novo console que esporadicamente aparece tentando tomar o trono ou pelo menos encontrar seu cantinho no imenso mercado multibilionário de jogos. Falo de jogos alternativos feito por produtoras desconhecidas, mas habilidosas no que fazem, elas não se apóiam (nem sempre) em títulos ou formulas já consagrados e quando o fazem se viram com idéias criativas e poucos recursos. Pouca gente conhece, mas existem n empresas ou grupos e até mesmos indivíduos que se dedicam a fazer da nossa vida de jogador algo mais feliz. Para isso temos um grande popularizador que é o Festival de Jogos Independentes http://www.igf.com .

Pra quem tiver o interesse de conferir o cenário alternativo do mundo dos jogos pode visitar e baixar os demos dos jogos que estão por lá.

Quem quiser vai encontrar entre jogo de lutas por turno. Isso mesmo luta por turno; corrida onde o acelerador é sua própria voz - haja gogó; jogos com cenários onde tudo é interativo, puzzles com novas formulas e muita mais.

Dentre estes meu favorito é o RPG de apontar e clicar Sam Roust aproveitem.

4 comentários:

Giovanni disse...

Muito interessante. Apesar de saber que esse tipo de evento independente sempre existiu, não imaginava que seria nessa escala.

Mas, infelizmente, só terei tempo pra diversão e jogos ano que vem. Esse ano estou totalmente sem tempo. Mas fica anotada a dica!

Anônimo disse...

Meu lindo essa é uma situação meio complicada né. Se elas investirem em novas tecnologias e idéias, provavelmente o custo do jogo irá aumentar, podendo assim perder cada vez mais seu público. As vezes eu até prefiro os jogos antigos, aqueles que vc nunca vai querer parar de jogar, do que as novidades. Vai ver é pq não ligo para gráficos, sons e etc...

Paulo Henrique Lafetá disse...

Interessante não é Giovanni? Aqui mesmo na cidade temos cursos em faculdade voltados pra jogos, quem sabe vemos algum produto nacional e mineiro por lá?

Frances: Nem sempre. Criatividade as vezes sai barato, as vezes não, mas vai depender muito do tipo de implementação ou tecnologia que eles vão utilizar.

Anônimo disse...

Esse fenômeno que leva as produtoras a só investirem pesado em fórmulas consagradas é exatamente o que Cris Anderson chama de "cultura do hit" no livro The Long Tail.

Ele ainda diz que o que está levando esta cultura à falência é o fenômeno long tail. Muitas pessoas tendo acesso a tecnologia e podendo desenvolver seus próprios jogos. Criando alternativas relevantes para certos nichos.