sexta-feira, janeiro 26, 2007

Pizza

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Em meados do século passado, quando eu ainda cursava o ensino médio e videogame tinha se tornado mais caro, bem próximo do fim de vida dos aclamados PSX e N64.

Nesta época jazia uma das primeiras iniciativas nacionais e de boa proporção e notoriedade na internet brasileira, o site da OS. Criado por um grupo de símios e seres estranhos provenientes de Belo Horizonte. Aquele cantinho tinha um ar especial e mágico no qual dedicava boa parte do meu tempo e bytes de minha incrível conexão com 56k. Vim a conhecer aquele pedacinho do céu onde se joga videogame por meio da revista Veja, em uma de suas colunas que por vez ou outra fala se sobre jogos, geralmente nada muito especial.

Utilizando de recursos inovadores como fóruns, surgiu em meio aquela sopa primordial a iniciativa de um encontro organizado entre os usuários da famosa capital mineira. Depois de muita conversa e poucas divergências foi marcado o “primeiro encontro videogamer” da outrora cidade Jardim. Ainda lembro muito bem dos momentos horríveis passados por mim em uma mesa de pelo menos 10 lugares com apenas o meu ocupado. Jazia ali um corpo, inerte embrenhado em meio a pensamentos e almofadas do Pizzahut, prestes a se levantar e ir embora com um misto de decepção e vergonha, logo após pensamentos tão frios surge uma luz e novos usuários se reúnem e vão povoando as instalações.

Poucos diriam que em meio a tanta gente sairia dali um grupo que permaneceria unido por tantos anos depois, como os membros da UNG-Brasil. Em meio a tantas baixas ainda me lembro de algumas figuras apesar da aparição única como o Guilherme, sujeito acanhado, que no final veio a dar carona para mim e ao idealizador do encontro até a porta da Universidade Federal, esse nunca mais seria visto. Algum tempo depois novas baixas aconteceram, o mundo veio nos cobrar tempos depois outras figuras como o Ed, cartunista de um famoso jornal mineiro, que veio a sumir sem deixar vestígios; e Luciano, baladeiro que ascendeu ao status de lenda mor, deixaria a cidade junto com sua paixão; além de outros.

Bons tempos aqueles.

2 comentários:

Anônimo disse...

Paulo esse texto ficou bem bacana e original.

Unknown disse...

Bacana Paulo mas não tem jeito. QUalquer grupo tem seu ciclo, suas reposições de membros e, infelizmente, pessoas.