quarta-feira, agosto 09, 2006

Pirataria, a morte da industria? Existe uma solução?

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Em busca do valor mais barato e fuga dos preços incrivelmente abusivos, os consumidores no mundo todo optam, em especial no Brasil, pelos piratas, não falo apenas de jogos, mas um número crescente de outros produtos.

Infelizmente o uso destes jogos piratas impedem a venda dos artigos originais dentro do país, o número chega a ser tão superior que nunca cheguei a ver um jogo original de Playstation, mentira, vi um neste sábado na casa de um amigo de Belo Horizonte quando a comunidade Gamer da cidade se reuniu pra umas jogadinhas.

A grande desvantagem de apoiar o mercado pirata é que as empresas não se interessam pelo país, não adianta gastar dinheiro pra implantar escritórios e uma estrutura para a comercialização sendo que é impossível competir com o mercado paralelo. Então ficamos a mercê dos vendedores que cobram preços abusivos pelo aparelhos, mas em compensação compramos centenas de jogos dos quais nem chegamos no final; ficamos sem garantias em caso de problemas nos aparelhos, sem um bom suporte, sem artigos em português, muitos empregos deixam de ser criados, poucos eventos vem para o país e ficamos sem conhecer boa parte de jogos de pequenas empresas mas igualmente bons aos de grande nome que costumam dominar as barraquinhas dos camelôs.

Engana-se quem acha que a pirataria é a única responsável pela inexistência destes produtos no Brasil, o próprio governo cria empecilhos além dos já conhecidos impostos absurdamente altos, temos outras questões das quais pouco tenho conhecimento, mas diz respeito a entrada de tecnologia no país. Problemas como estes e o preço cobrado lá fora fazem com que o valor dos originais dentro do país sejam tão altos e sua presença tão pequena.

Apesar de todos os problemas, ainda acho que existem maneiras de se burlar tudo isso. Com um pouco de estudo da condição do país podemos ter uma solução. Pra mim precisamos de um visionário, que abra os olhos das grandes empresas para o país, um cara que faça as empresas enxergarem que cobrar até R$50,00 por um jogo é mais vantajoso do que não vender.

Alguns pensamentos:

-Se as empresas considerassem fazer jogos em português certamente a situação impediria que os jogos comercializados aqui se espalhassem pelo grandes mercados (EUA, Europa, Japão), devido o baixo conhecimento da língua, sem contar que a adoção do português aumenta o público, pois atinge crianças sem conhecimento de inglês e pessoas menos esclarecidas.

-R$ 50,00 é um preço ainda alto, mas muito bom se compararmos aos atuais, que em muitos casos ultrapassam os R$ 150,00.

Infelizmente para adoção destes preços as empresas têm de estar dispostas a ter um lucro bem menor por jogo, mas em compensação o mercado pode se abrir muito e ganhar em quantidade comercializada.

-O governo também tem de se interessar e diminuir a carga dos impostos (o que deve ser mais difícil de acontecer).

-O custo pra se fazer um jogo se eleva cada vez mais o montante destinados às produções. Praticar valores mais baixos que os padrões mundiais, mesmo que com a intenção de evitar a propagação da pirataria, pode acabar sendo inviável.

6 comentários:

Anônimo disse...

Esses dias vi por aí que um dos cabeças de marketing do Playstation disse que ele "estranharia muito se o Playstation 4 viesse com algum tipo de leitor de mídia 'física'". Ou seja. Na próxima geração, os jogos serão adquiridos pela internet. Inicialmente, isso é um sério problema para os produtos piratas. Mas eu tenho certeza que os meus ídolos de Hong Kong vão encontrar uma saída para me salvar.

Filipe Gouvêa Reis disse...

Pois é.. A realidade triste do Brasil quanto aos jogos originais, faz a minha pequena coleção de jogos de ps2 ser composta só pelos famosos piratões.

Quanto ao ps4 e a nova "mídia", daqui uns 15 anos quando eu for comprar um eu penso nisso.

Paulo Henrique Lafetá disse...

Quanto a distribuição digital a sonyesta promovedo um contrasenço. Atualmente ela quer introduzir a mídia Blue Ray e diz que e o caminho fo futuro e já anunciou que possivelmente o PS4 não vai ter leitor de mídia. Estranho né?

Na minha opinião não é o momento para banir a mídias até mesmo por limitações técnicas das tranmissões de dados, mas qeum sabe o que a tecnologia de tranmissão de dados nos espera.

Priscila Cunha disse...

Eu se fosse a Nintendo ou outra empresa do ramo, lançaria minha mega loja pirata (às escondidas) nos Oiapoques do mundo. Assim, ganharia algum dinheiro com a pirataria e não poderia se auto-processar. E lógico, não perderia a clientela dos originais...

Falando sério, acho o preço dos originais nem é caro, se pensarmos na quantidade de trabalho envolvido e do valor agregado. O problema é que o brasileiro ganha pouco.
Games em português é uma boa saída, mas nada que um portunhol paraguaio não resolva.

A verdade é que os piratas são bem mais criativos...

Anônimo disse...

Bem... jogos em português? Cara é impossível. Não existe mercado no Brasil que faça as softhouses se interessarem. É muito investimento. Além disso o brasileiro tem a cultura de procurar por produtos piratas. O cara compra um PS2 e diz que não tem dinheiro pra comprar os jogos originais. É mentira! Ele já investiu 650 reais. Acontece tanto que o PS2, o mais popular por aqui, quase não tem mercado de jogos originais. Aí os jogos ficam caros e realmente não compensa pagar o preço.
Vendo os comentários sobre extinção da mídia física acho segurança precisará ser quebrada apenas em nível de software.

Anônimo disse...

Pára de beber cerveja e me atualiza, pô!